domingo, 13 de fevereiro de 2011

Oficina de iniciação ao teatro de objectos




Narrativas do Objecto
Workshop de iniciação
ao Teatro de Objectos






com Eva  Ribeiro,
formada na
École Jacques Lecoq, Paris




Data
4,5 e 6 de Março de 2011
Preço
60 jectos
Local
Confederação núcleo para a investigação teatral
Rua da Arménia, 18 Miragaia
Blog  http://confederacaonucle™oinvestigacaoteatral.blogspot.com/
confederacao.nit@gmail.com Tlm: 966402012

+infos e inscrições
evanaquela@gmail.com

 

Workshop de iniciação ao Teatro de Objectos
Narrativas do Objecto

Este curso tem como objectivo uma iniciação ao mundo do teatro de objectos. Abordaremos este universo a partir de técnicas de manipulação, movimento e teatro físico. A partir da consciência espacial, rítmica e corporal, tentaremos partir para o conhecimento do objecto, reconhecer as suas capacidades transformadoras e expressivas que na construção de narrativas e da personagem teatral podem ser motores de criação. Como pode um objecto definir uma personagem, ser uma personagem e ser definido pela personagem?
Neste curso baseado nas técnicas do teatro físico utilizadas por Jacques Lecoq, utilizaremos igualmente disciplinas tão diversas como o contacto improvisação, o malabarismo e o clown para penetrar no universo fantástico do objecto.


Conteúdos

Manipulação de objectos a partir do objecto neutro até ao objecto-universo
Exploração de conceitos como articulação, ritmo, distância, foco e ponto-fixo
Consciência espacial e corporal
Compreender o objecto-universo como portador do universo onde a personagem se move e se define
Explorar o conceito de actor-marioneta
Construir narrativas teatrais a partir da relação actor-objecto
O cómico, o grotesco e o absurdo

Datas

4, 5 e 6 de Março de 2011

Sexta-feira: 10h-13h\15h-18h
Sábado: 10h-13h\15h-18h
Domingo: 10h-13h\15h-18h

Total: 18 horas

Destinatários

Alunos e estudantes das artes performativas, profissionais de teatro, todos os interessados em explorar o mundo do teatro de objectos

Local

Confederação núcleo de investigação teatral
Rua da Arménia, 18
Miragaia, Porto

Preço

60 euros


Material

Trazer roupa cómoda, de preferência preta ou escura.




Eva Marques Ribeiro (1985)

Clown e animadora de teatro comunitário. Fez a sua formação na ESAP, Porto e posteriormente na École Internacional de Théàtre Jacques Lecoq, Paris, em Teatro de máscara e de movimento, onde recebe os ensinamentos cómicos de Jos Hauben e estéticos de Paolla Rizza. Fez formação em contacto-improvisação com Kurt Koegel, Jaro Viniarsky e Africa Navarro, no Porto e em Barcelona. Dedica-se ao estudo das artes circenses desde há alguns anos, técnicas que aplica na criação dos seus espectáculos (Audition, today! 2010, Barcelona, La Sala de La Muerte, companhia Les Crispetes, Barcelona 2010). Na sua formação em teatro de formas animadas destaca a mestria de nomes como Marcelo La Fontana, Guillaume Lecamus e a companhia francesa Plasticiens Volants. Como clown recebe formação com Jesús-Jara, Virginia Imaz, Maria Colomer e Alex Navarro, onde explora uma abordagem poética do clown. Dedica-se igualmente ao teatro comunitário e ao clown social desde há já alguns anos, tendo trabalhado com diferentes associação e ONG's em Portugal, França e Espanha.

Projecto Circo na Escola





Um projecto de circo social muito interessante a ser desenvolvido neste momento em Sao Paulo, Brasil


Projecto Circo na Escola

Conheça o projeto

O Projeto Circo na Escola é uma iniciativa particular e voluntária, com apoio da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, e de sua Coordenação de Extensão (CODESP), onde artistas, professores de educação física e pedagogos trabalham em conjunto para levar às escolas, especialmente de educação infantil, espetáculos, oficinas, vivências e outras atividades relacionadas com as artes do circo.
A maior parte dos artistas envolvidos pertencem ao Grupo de Estudo e Pesquisa das Artes Circenses (CIRCUS - FEF - UNICAMP - CNPq), onde atuam como monitores de projetos de extensão universitária (além de realizarem outras atividades de formação complementar na área do Circo) e também desenvolvem suas pesquisas de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado, particularmente na temática das relações do Circo com a Educação Física e a Escola.
A intervenção do grupo acontece normalmente através de espetáculos de curta duração (40-60 minutos), envio de material de leitura e propostas de atividades educativas para os alunos das escolas atendidas, além de vivências práticas para os alunos (malabares, equilíbrios, palhaço, etc.) e oficinas para profissionais (professores, arte-educadores, etc.).
Devido ao grande interesse das escolas e nossa impossibilidade de atender a todos os pedidos, o grupo vem priorizando a realização de oficinas de capacitação para professores, arte-educadores e outros multiplicadores, buscando que esta iniciativa possa ser levada para um público ainda maior.

Objetivos

Este projeto tem como objetivo principal divulgar o potencial educativo, formativo e lúdico das atividades circenses. Pretendemos mostrar a importância do Circo enquanto parte relevante da cultura corporal e como instrumento para a melhora da qualidade de vida de nossa sociedade.
O Circo é uma prática com um alto valor sócio-cultural e que está vivendo um aumento significativo do interesse popular nos últimos tempos. Além disso, esta atividade centenária traz consigo valores cívicos, morais e educacionais fundamentais para a vida em comunidade e para o desenvolvimento pessoal e social, dando resposta a estas grandes necessidades da sociedade contemporânea.

Público alvo

O projeto atende todos os públicos, especialmente crianças, que dificilmente teriam acesso a este tipo de manifestação artística-cultural.

Custo

Os artistas atuam de forma voluntária, contudo as instituições que desejem fazer parte do projeto deverão cobrir seu custo operacional (conforme distância, duração e outras características das atividades agendadas).

Período de realização e horários

Durante todo o ano letivo, conforme disponibilidade das instituições e dos artistas.

Equipe de artistas

Marco Antonio Coelho Bortoleto (acrobata e malabarista), Leandro Fermino (malabarista e mímico), Uendreo Nunes (palhaço), Diogo Mendes (malabarista). Artistas convidados e colaboradores: Daniela Helena Calça (acrobata, palhaça, tecido acrobático), Renan Bortoleto Ferreira (malabares e acrobacia), Marcio Parma (Palhaço Tachinha), Tiago Sales (Palhaço), Fausto Henrique (Trapezista), Carolina Serra (Tecidista), Heber Teixeira (Acróbata) Daniel Lopes (malabarista e monociclista), Danielo Morales (malabarista), entre outros. Artistas que já colaboraram no projeto: Ricardo Mardegam (malabarista), Téo Franca Júnior (perna-de-pau e palhaço), Ney Arantes (mágico, malabarista, palhaço), Palhaço Farofa (Marcelo), entre outros.

Como participar

Entre em contato conosco, clicando aqui.

Mídia

Veja material de divulgação do projeto.
Clique aqui e acompanhe algumas matérias sobre o Projeto Circo na Escola nos jornais da região.
Clique aqui e solicite os DVDs dos Espetáculos de Gala de 2006 e 2007.
Projeto Circo na Escola- contato@circonaescola.com.br
(19) 3521.6618 - Secretaria - Sr. Marcelo Caruso - DEM - FEF - UNICAMP


http://www.circonaescola.com.br/index.php


O Clown e a Escola
    O clown na escola como linguagem para a liberdade


O Clown é o príncipe da alegria, e a escola hoje, infelizmente, é um lugar onde a alegria tornou-se para muitos, desnecessária. ““Se o Clown rir o público não ri. Para o público rir, o Clown chora”” (BURNIER, 2001, p.218). O Clown busca o prazer do público, nem que o preço seja as suas próprias lágrimas. A escola na perspectiva mercadológica da pedagogia liberal é um lugar de trabalho, apenas trabalho. Neste prisma, alegria e prazer são dimensões desnecessárias. A pedagogicidade da arte e das brincadeiras nega o prazer, a fim de construir habilidades técnicas no educando. A brincadeira de amarelinha passa a ser importante porque desenvolve a dimensão espacial na criança, um livro de histórias passa a ser lido não pelo prazer que proporciona, mas pela apropriação do conhecimento letrado/ erudito, o desenho é importante não pela satisfação que ele traz mas para desenvolver a dimensão motora da criança. Trabalho, na escola, passou a ser antônimo de alegria.
No entanto, na perspectiva progressista, de acordo com Freire (1996, p.142):
A atividade docente de que a discente não se separa é uma experiência alegre por natureza. É falso também tornar inconcebíveis seriedade docente e alegria, como se alegria fosse inimiga da rigorosidade.
A rigorosidade, que é natural do cunho epistemológico, não nega a necessidade da alegria, porque desvelar o mundo, saciar a inanição de perguntas do homem, é uma atividade prazerosa regrada de alegria, na perspectiva progressista. Alegria nesse sentido não quer dizer negação da seriedade docente ou licenciosidade, mas que a cumplicidade da relação educador-educando está estruturada, entre outras coisas, no prazer de conhecer o mundo e de estar com o mundo.
No entanto, a alegria, essência de ““poesia”” clownesca, na pedagogia progressista não pode ser confundida como substituição de conteúdos, ou substituição de domínio técnico, por parte do docente.
É preciso, por outro lado, reinsistir em que não se pense que a prática educativa vivida com afetividade e alegria, prescinda de formação cientifica séria e da clareza política dos educadores. A prática educativa é tudo isso: afetividade, alegria, capacidade cientifica,
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente ␣ Vol. XII, No. 15, Ano 2009 ␣ p. 175-183
domínio técnico a serviço da mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje (FREIRE, 1996, p.143).
Caso contrário, o Clown será instrumento de permanência, de imutabilidade social. A arte junto e não substituindo outros elementos como conteúdos e a própria prática docente, permite a construção da pedagogia para a liberdade. A alegria do Clown na escola não pode negar o desenvolvimento de conteúdos, porque senão apenas contribuirá na manutenção do status quo, no determinismo histórico do homem (FREIRE, 2006). Segundo Saviani (2005, p.55):
Se os membros das camadas populares não dominam os conteúdos culturais, eles não podem fazer valer os seus interesses, porque ficam desarmados contra os dominadores, que se servem exatamente desses conteúdos culturais para legitimar e consolidar a sua dominação. (...) o dominado não se liberta se ele não vier a dominar aquilo que os dominantes dominam. Então, dominar o que os dominantes dominam é a condição da libertação.
Negligenciar a competência profissional utilizando a arte sem ““parâmetros epistemológicos”” é utilizar a arte de maneira prosaica, como reprodutora de padrões, ou algo para o tempo ocioso. Atrelar competência profissional à arte, não é negar a alegria como produto desta, mas entender que educação e arte não se dicotomizam na busca pela liberdade. Que alegria sem criticidade é alienação. O Clown na escola não deve substituir conteúdos, ou não exigir competência profissional por parte dos educadores, mas permeado por esses elementos, ser uma seta que aponta que a escola é uma ambiente aonde o prazer e a alegria são necessários.
4.2.    O Clown e a rebeldia
Ao debochar do mundo, porque se percebe com o mundo, o Clown exterioriza sua rebeldia, postura própria da pedagogia progressista. Rebeldia progressista que nasce como resistência ao modelo bancário (FREIRE, 2005) imposto pela pedagogia liberal. Rebeldia que nega a imutabilidade do mundo, ao status quo, ao conformismo ideológico pregado pelos dominantes. Rebeldia que faz o público rir com o Clown, quando este brinca com as ““instituições e valores oficiais”” (BURNIER, 2001, p.208). Rebeldia própria da pedagogia progressista libertadora, das pedagogias críticas, que negam a escola como um lugar de transferência de conhecimento, onde o educando é objeto, ser passivo e determinável. Rebeldia própria de educadores progressistas, que entendem a não- neutralidade da práxis docente, que esta é regrada de não-indiferença. Freire afirma (1996, p.25):
O necessário é que, subordinado, embora, à prática ‘‘bancária’’, o educando mantenha vivo em si o gosto da rebeldia que, aguçando sua curiosidade e estimulando sua capacidade de arriscar-se, de aventurar-se, de certa forma o ‘‘imuniza’’ contra o poder apassivador do ‘‘bancarismo’’.
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Rebeldia não significa ausência de limites. No Clown existem regras de convivência no que se refere aos outros Clowns da banda (BURNIER, 2001, p.207). Na pedagogia, o teor crítico da rebeldia, que confunde os reacionários, politicidade (FREIRE, 1996) com anarquia, não nega a necessidade de limites. A rebeldia alerta que as relações de poder tem a faculdade de produzir um homem (FOUCAULT, 2007) e que no modelo liberal leva adjetivos como ““objeto”” e ““passivo””. Rebeldia não significa a ausência de limites, mas a possibilidade de questionar, de construção do senso crítico do aluno no estreitamento entre educador e educando. Utilizar a rebeldia do Clown nesse contexto é perceber que a radicalidade do ato cognoscente é a negação à imutabilidade do mundo, a opção, de educadores e educandos, de não serem mais ““expectadores””, mas ““atores”” (FREIRE, 2005, p.38). Não atores porque interpretam, mas atores porque são donos de seus papéis, não são objetos, seres que apenas observam. São atores porque são agentes na transformação da realidade. Na rebeldia própria da radicalidade docente-discente, ao se investigar a viabilidade de utilizar o Clown na escola é preciso entender a necessidade do estreitamento na relação educador-educando sem extrapolar os limites imprescindíveis a esta.
Assim como o Clown tem limites por ser essencialmente humano, a utilização desta arte na escola também aponta para a necessidade de limites na relação educador- educando. A radicalidade não permite autoritarismo por parte do educador, mas tão pouco negligencia limites ao educando.
4.3.    O medo na escola
A rebeldia provoca medo nos reacionários. É o medo da liberdade (FREIRE, 2005, p.23). Medo porque a rebeldia provoca a união dos oprimidos, mas ameaça a manutenção do status quo. Medo que permeia as avaliações institucionais e escolares (FREIRE, 1996, p.116), porque na concepção liberal o homem é um objeto, um ser passivo que precisa ser controlado e determinado. Medo da rebeldia, que provoca a curiosidade de investigar, mas que no modelo liberal escolanovista, segundo Saviani (2005, p.09): ““(...) trata-se de uma teoria pedagógica que considera que o importante não é aprender, mas aprender a aprender””. A rebeldia é ceifada na neutralidade que utiliza o slogan do ““aprender a aprender””. Philippe Meirieu, aclamado autor liberal admoesta que o medo é necessário ao educando porque faz com que este se sinta ““desafiado a aprender””. Segundo este autor (2005, p.170) ““O aluno não deve ser poupado desse medo, pois ele o ajuda a crescer (...)”” Para Freire, o desafio de aprender precisa ser despertado na dialogicidade que produz no educando a curiosidade epistemológica (1996, p.86). Como pode o medo ser um estímulo
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente ␣ Vol. XII, No. 15, Ano 2009 ␣ p. 175-183
benigno para o educando? Por acaso é através do medo que ele educador adquire novos conhecimentos? Na justificativa liberal de produzir o medo no educando está camuflada a violência domesticadora que aliena, e que produz homens-objeto. Seres que não pensam, mas são pensados.
A rebeldia clownesca na escola, no prisma progressista, desconstrói o medo. Medo, que está ligado ao papel do Clown no circo. De acordo com Coxe (apud BURNIER, 2001, p.206) a função do Clown no espetáculo circense:
Os palhaços sempre foram parte integrante do circo. Num espetáculo de perícia física, que produz na assistência uma reação mental- deslumbramento, espanto, admiração e apreensão- é preciso haver um complemento: um conceito mental que produza no público uma reação física, ou seja, o riso.
Neste sentido Burnier (2001, p.206) define que: ““O Clown espanta o medo, esta é sua função””. O riso que o Clown produz no público afasta o medo gerado pelo número do trapezista, do atirador de facas, ou do domador de leões. O medo, infelizmente, é um elemento muito presente na escola. Ele se manifesta na forma de ameaças pelo educador- tirano, na sua figura autoritária, nos exames, no abismo da relação educador-educando, no silêncio que violenta. Tornar o Clown viável na escola é acabar com a pedagogia do medo, das ameaças, da concepção punitiva de exame. Na concepção liberal o medo é necessário na escola. ““O aluno precisa ter medo para estudar”” é mote de muitos educadores. O medo é a negação da alegria na escola. Negação da vida na escola. Medo expresso na homogeneização dos educandos (FOUCAULT, 2007, p.153-154) que individualiza para discriminar. Esta se representa no medo do educando de não se classificar como os outros. O Clown na escola é a opção da alegria pelo medo. Na concepção mercadológica da pedagogia liberal, a sala de aula é um ambiente de trabalho que prepara para o mercado. Logo, o medo é justificado pelas pressões do mercado. Mas o medo é mecanismo na construção de um homem infeliz, submisso porque sempre deve atender o outro.
A curiosidade que no Clown se reveste de ingenuidade e humor no seu ““olhar fenomenológico”” para o não-eu, mas que na educação da pedagogia liberal precisa ser tolhida no educando (FREIRE, 2007, p.10). A curiosidade desafia o medo. Instiga ao diálogo com o mundo, e permeada pela alegria, ensina que conhecê-lo é exercício prazeroso. O Clown na escola remete que esta precisa substituir o terrorismo que pressiona, discrimina e gera medo, pela alegria.

"   O clown na escola como linguagem para a liberdade" de André Carlos Barbosa
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Um dia com Muska no Moinho!




Bom dia!!

 Despertar com o sol!
Musicar em pleno bosque

Fazer os seus deveres domesticos!

 andar de bicicleta...